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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

CORANTE DE GRAM

Assim designada em memória de Christian Gram, que desenvolveu o procedimento em 1884, a coloração de Gram classifica as bactérias em Gram-positivas ou Gram-negativas e continua a ser um dos métodos mais úteis para classificar as bactérias.
Neste procedimento, as bactérias são submetidas primeiro à ação de um corante violeta, seguido de fixação com iodo e depois um agente de descoloração, como o metanol. Seguidamente, são novamente coradas com safranina.
As bactérias Gram-positivas fixam o primeiro corante, devido à maior espessura da parede celular, e ficam coradas de azul ou violeta, enquanto que as bactérias Gram-negativas, após a descoloração pelo metanol, são coradas pela safranina e ficam vermelhas. As bactérias que retêm a coloração violeta são designadas por Gram-positivas.
As bactérias que perdem a coloração violeta depois de descoloradas, mas que adquirem um corante de contraste (ficando com um tom cor-de-rosa) são Gram-negativas. Esta distinção de manchas é um reflexo das suas diferenças no que diz respeito à composição básica das suas paredes celulares.

Estrutura bacteriana:


Parede celular - Envoltório extracelular rígido responsável pela
forma da bactéria constituída por um complexo protéico - glicídico
(proteína + carboidrato) com a função de proteger a célula contra
agressões físicas do ambiente.
Não possui celulose como as das células vegetais.

Cápsula - Camada de consistência mucosa ou viscosa formada por
polissacarídeos que reveste a parede celular em algumas bactérias.
É encontrada principalmente nas bactérias patogênicas,
protegendo-as contra a fagocitose.

Membrana plasmática - Mesma estrutura e função das células
eucariontes.

Citoplasma - Formado pelo hialoplasma e pelos ribossomos.
Ausência de organelas membranosas.
Mesosomoinvaginação da membrana plasmática, importante durante
a duplicação e divisão bacteriana.
Nucleóide - Região onde se concentra o cromossomo bacteriano,
constituído por uma molécula circular de DNA. É o equivalente
bacteriano dos núcleos de células eucariontes. Não possui carioteca
ou envoltório nuclear. Além do DNA presente no nucleóide, a célula
bacteriana pode ainda conter moléculas adicionais de DNA,
chamadas plasmídios ou epissomas.

Plasmódios – também possuem material genético
Flagelos - Apêndices filiformes usados na locomoção.

Fímbrias - Apêndices filamentares, de natureza protéica, mais finos
e curtos que os flagelos. Nas bactérias que sofrem conjugação, as
fímbrias funcionam como pontes citoplasmáticas permitindo a
passagem do material genético.

Classificação morfológica das bactérias:


-Cocos, são células bacterianas, esféricas não-perfeitas, quando estão associadas, recebem outro nome de acordo o seu arranjo. Ex: em cadeia são chamadas de streptolococos.
-Bacilos, são células cilíndricas, em forma de bastonete, em geral se apresentam como células isoladas porém, ocasionalmente pode-se observar bacilos aos pares (diplobacilos) ou em cadeias (streptobacilos).
- Espiraladas, são bactérias de forma espiralada podendo ser classificadas em:
Vibrião: possui a forma de sabonete curvo ou de virgula.
Espirilo: forma helicoidal e corpo rígido
Espiroquetas: forma helicoidal e corpo flexível. 

um pouco de microbiologia

INTRODUÇÃO
Antigamente pouco se conhecia dos microorganismos, com o auxilio do microscópio tudo mudou.
O grupo mais numeroso pertence às bactérias. Sua taxonomia é complexa e sujeita a varias alterações. Mas apesar disto ainda podemos classificá-las quanto sua capacidade de coloração (Bar e Gram), e por sua morfologia celular.
 Outro grupo de organismo também foi logo descoberto, os vírus. Ao contrario do reino vegetal e outros, estes são parasitas obrigatórios, incapazes de replicar e sobreviver independentemente. Os vírus possuem uma estrutura simples, com sua formação genética codificada ou em DNA ou em RNA, dentro de um revestimento protéico (capsidio) e em alguns casos em especiais por uma membrana denominada envelope.

BACTÉRIAS
As bactérias foram descobertas por Antoni van Leeuwenhoe em 1683. Leeuwenhoek era um negociante holandês que tinha como passatempo polir lentes e construir microscópios. Com um desses aparelhos ele observou resíduos retirados de seus próprios dentes e, para sua surpresa, viu seres minúsculos em forma de bastonetes. Ele também observou seres microscópicos semelhantes em muitos outros materiais (água parada, gota de água sobre plantas etc.). Em suas descrições, ele refere-se a esses seres microscópicos como "animálculos", que significa pequenos animais.

Importância: Os vários tipos de bactérias podem ser prejudiciais ou úteis para o meio ambiente e para os seres vivos. Com técnicas da biotecnologia já foram desenvolvidas bactérias capazes de produzir drogas terapêuticas, como a insulina. Há bactérias que agem na decomposição de matéria orgânica e na fixação de compostos nitrogenados, na produção de álcool.

Características gerais: as bactérias pertencem ao reino monera, sendo organismos unicelulares, sem membrana nuclear (carioteca), microcospicos, podendo ser moveis ou fixos, e tendo uma velocidade acelerada de replicação de DNA.
Há dois grandes grupos de bactérias:
Arqueobactérias
As arqueas são pouco conhecidas devido às dificuldades de acesso aos seus hábitats e de coleta de material, além da grande diversidade de seus processos bioquímicos. Atualmente, são bem conhecidas as bactérias metanogênicas, que são anaeróbias e produtoras de metano; as halófitas, que são aeróbias e vivem em ambientes com alta concentração de sais; e as termoacidófilas, que suportam altas temperaturas e grande acidez do meio.
As arqueas são semelhantes às bactérias e só foram diferenciadas graças às técnicas de análise molecular. Uma das diferenças consiste na composição química da parede celular, pois as bactérias apresentam peptidoglicano na sua parede, enquanto as arqueas não. Elas apresentam polissacarídeos e outras apresentam apenas proteínas.
Mas a diferença mais marcante está na organização e funcionamento dos genes. Estudos mostram que as seqüências codificadas nos genes das arqueas estão mais próximas dos eucariontes do que das bactérias.
As arqueas podem ter forma esférica, de bastão, espiralada, achatada ou irregular.
Eubactérias
Este grupo reúne a grande maioria das bactérias conhecidas. As bactérias são seres minúsculos, extremamente resistentes e possuem uma incrível capacidade reprodutiva.
Ocorrem em praticamente todos os ambientes, podem viver isolados ou em colônia e medem cerca de 1 µm = 0,001 mm, podendo ser vistas apenas com o auxílio de um microscópio.
São seres procariontes, pois não possuem núcleo organizado por uma membrana carioteca. Seu DNA é um único filamento em anel, chamado de nucleóide. Além disso, apresenta plasmídios dispersos no citoplasma, que são pequenos anéis de DNA.
O envoltório celular é composto por uma membrana plasmática e por uma parede celular mucocomplexa (açúcares aminados e aminoácidos) e externamente pode haver uma capsula gelatinosa protetora, formada por polissacarídeos.
No citoplasma há ribossomos, e em cianobactérias podem haver pigmentos fotossintetizantes.
Pode haver estruturas de locomoção como cílios e flagelos e estruturas de resistência como esporos.
A classificação morfológica é: cocos, bacilos, vibrião e espirilo e podem se arranjar como cocos, diplococos,estafilococos, estreptococos, etc.
Quanto à composição da parede, podem classificadas em gram-positivas e gram-negativas.
Podem se reproduzir por divisão binária, conjugação, transdução, transformação.
As bactérias possuem uma importância econômica muito grande, podendo ser causas de muitas doenças. Podem ser usadas nas indústrias alimentícias, farmacêuticas, cosméticas, etc.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

imagens dos ossos cranianos e faciais

Norma facial

Ossos da orbita

Norma Lateral

Norma Lateral
Norma Medial
Norma Basilar

Estudo Bioquímico de componentes do sangue

O sangue pode ser considerado como uma mistura contendo alguns componentes ditos essenciais para a nossa sobrevivência. Entre estes componentes, destacam-se as hemácias, os granulócitos, os monócitos, os linfócitos e as plaquetas, cada qual com uma respectiva função.
As hemácias, nosso principal objeto de estudo, tem um papel muito importante na respiração e possui uma estrutura celular com alguma similaridade em relação às células de vários tecidos do nosso corpo. Como veremos adiante, sua estrutura pode ser explorada para a verificação da integridade das mesmas, bem como do extravazamento de componentes essenciais como a hemoglobina.
Estudos revelam que as hemácias são constituídas por uma bicamada lipídica semi-permeável,  sustentada por um citoesqueleto protéico. A composição bioquímica da membrana do eritrócito é de cerca de 52% de proteínas, 40% de lipídeos e 8% de carboidratos, de modo que algumas destas proteínas são ditas “ ïntegrais “ e as outras são ditas “ periféricas “.
A membrana das hemácias é livremente permeável a ânions,como o Cl- e o HCO3- , mas é impermeável a cátions, como o Na+ e o K+, que por sua vez penetram na mesma via transporte ativo( Na+ para fora e K+ para dentro) via bomba de Na+/K+ . O Ca2+ também é bombeado por transporte ativo, só que por outra enzima, a Ca2+ - ATPase.
As propriedades de permeabilidade da membrana da hemácia, bem como o transporte ativo de cátions, são cruciais para evitar a hemólise coloidosmótica e controlar o volume da hemácia. A energia necessária para o transporte ativo e a manutenção dos gradientes eletroquímicos provém do ATP.
A energia celular da hemácia provém da via glicolítica anaeróbica e de 3 vias auxiliares que servem para manter a função da hemoglobina. Todos estes processos são essenciais, uma vez que a hemácia deve transportar oxigênio e manter as características físicas necessárias para a sua sobrevivência na circulação.
Noventa por cento do ATP necessário para as hemácias são gerados na glicólise, a principal via metabólica do eritrócito. Cerca de 10% do ATP da hemácia são oriundos da via Pentose-fosfato.
A via da meta-hemoglobina-redutase constitui outro importante componente do metabolismo do eritrócito. Dois sistemas de meta-hemoglobina-redutase são importantes na manutenção da hemoglobina em um estado funcional reduzido. Esta via é necessária para manter o ferro do radical heme da hemoglobina no estado funcional ferroso(Fe2+).
Na ausência dessa maquinaria enzimática, ocorre o surgimento da meta-hemoglobina, que resulta da oxidação do íon ferroso(2+) em férrico(3+). A meta-hemoglobina representa uma forma não-funcional de hemoglobina e uma perda da capacidade de transporte de oxigênio, visto que a porção meta-hemoglobina não pode ser combinada ao oxigênio. Em indivíduos saudáveis, não há mais que 1% de meta-hemoglobina nas hemácias. Isso garante a função e a sobrevida das hemácias.
Existe ainda mais um fator que influina afinidade entre o oxigênio e a hemoglobina, dentro e fora da hemácia. Foi demonstrado que o
2,3-difosfoglicerato(DPG), um fosfato orgânico encontrado na hemácia em uma proporção de 1:1 com a hemoglobina, que garante uma influência na afinidade pelo oxigênio e exercendo um papel fisiologicamente importante. Em sua ausência a hemoglobina libertaria pouco oxigênio ao passar pelos capilares. No caso, DPG exerce efeito sobre a afinidade da hemoglobina, se ligando à desoxihemoglobina, porém não àoxihemoglobina. A união do oxigênio e DPG à hemoglobina é mutuamente exclusiva. Para uma boa aproximação, a oxigenação da hemoglobina na presença de DPG pode ser representada pela seguinte equação:
          A hemoglobina representa cerca de 95% do peso seco de uma hemácia ou 33% de seu peso por volume. Ela pode ser considerada uma proteína conjugada, visto que tem como parte da estrutura um grupo prostético (não-protéico). Devido à sua estrutura de cadeia múltipla, a hemoglobina, que possui um PM de cerca de 68000, é capaz de considerável alteração alostérica quando se liga e se desprende do oxigênio. A hemoglobina normal consiste da globina (um tetrâmero de 2 pares de cadeias polipeptídicas) e quatro grupos heme, cada qual contendo um anel de protoporfirina e um íon ferroso(2+). As cadeias polipeptídicas se enovelam, de modo a dar uma forma esférica à hemoglobina. Além disso, cada grupo heme se acha numa fenda com os grupos vinila hidrofóbicos da sua estrutura porfirínica circundados por cadeias laterais hidrofóbicas de resíduos amino. As 2 cadeias laterais de propanoato do heme estão próximas dos grupos amino com carga positiva dos resíduos de lisina e de arginina.
        O ferro do grupo heme está no estado de oxidação 2+ e forma ligação coordenada com um nitrogênio do grupo imidazol da histidina da cadeia polipeptídica.
         Isto deixa livre uma valência do íon ferroso para se combinar com o oxigênio.
  
  Parte da hemoglobina oxigenada (oxihemoglobina)
      O fato de o íon ferroso(2+) se combinar com o oxigênio não é paricularmente notável; muitos outros compostos também se combinam. O que é notável na hemoglobina é que quando o grupo heme se combina com o oxigênio, o íon ferroso(2+) não se oxida a férrico(3+) facilmente. Investigações mostram que, em água, um ambiente polar e hidrofílico, compostos com grupo heme se oxidam facilmente a férrico(3+). Já num ambiente apolar e hidrofóbico, o íon ferroso é facilmente oxigenado e desoxigenado, sem alterar seu estado de oxidação.
       
  produção normal de hemoglobina é dependente de 3 processos:
● Suprimento e liberação adequados de ferro;
● Síntese adequada de protoporfirinas(precursor do grupo heme);
● Síntese adequada de globina.
        Em adultos normais, há 4 tipos de hemoglobina:
● Hb A (em torno de 92 a 95%);
● Hb A(em torno de 3 a 5%);
● Hb A2 (em torno de 2 a 3%);
● Hb F (em torno de 1 a 2%).
        A principal função da hemoglobina é o transporte gasoso (oxigênio ou gás carbônico), liberação e distribuição de oxigênio para os tecidos e facilidade de excreção de gás carbônico.
        A perda da viabilidade das hemácias está associada com várias alterações bioquímicas, que incluem o aumento do pH, aumento do teor de ácido lático, diminuição no consumo de glicose, redução nos níveis de ATP e uma perda da função da hemácia, expressa como um desvio para a esquerda no caso de curva de dissociação hemoglobina-oxigênio ou aumento da afinidade hemoglobina-oxigênio.
        A viabilidade está associada aos níveis de ATP e à integridade da membrana das hemácias. Os níveis apropriados de ATP são necessários para a manutenção da(o):
● Capacidade de deformação e integridade da hemácia;
● Volume de hemácias, por manter as bombas de Na+/K+ ;
● Função da hemoglobina;
● Troca lipídica da hemácia com o plasma;
● ETC.






Fonte: http://www.uff.br/gcm/GCM/atividades/luciano/inicial.htm